Insônia

Com aquela costumeira insônia, Eu virei pro outro lado, Aquele que dá para a porta. Mas não era isso que precisava Era mais. Nem a música dos fones trouxe o resultado. O que faz as pessoas sentirem que estão vivendo? Quando conquistam algo?
Tem algum aviso dizendo que chegamos ao objetivo? Ou esse é o final? Sem se dispersar, Eu estava dizendo sobre a vez que sai da cama para ir ver o céu, Eu não consegui evitar um suspiro, Mas meu ser pedia mais. Então eu puxei o cobertor e fiquei lá Sentada no chão da porta,
sobre o sutil vento da madrugada. Foi vendo a luz amarelada dos postes,
A sombra da flor de hibisco no quarto As nuvens espaçadas do céu pouco estrelado, O reflexo da lua na minha face,
Face que era preenchida por lágrimas vazias; Foi aí que... não sei,
mas em um sorriso eu entendi
depois de escutar o barulho de um carro
e imaginar: O que aquela pessoa está sentindo? Ela está vivendo? Esse poema tá muito confuso. Não rima, não tem conclusão, não tem estrutura, Ele só vive. Tal qual a memória minha gravada pelo sentimento profundo
que tive naquela madrugada, De viver, De ser, Ouvir, Sentir, Ir.
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