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Pântano
milenakammer3

Tal como a rosa
Que desdobrou-se no pântano
Em meio a toxidade,
Nunca escorreu um pranto.
Desejando, no entanto,
Pelo além de sua juvelinidade
Lançou seu íntimo, cegamente,
Sua alma, até a obscenidade.
Agora, manchada eternamente,
A rosa peca, letárgica,
Descolorida, se arrepende.
E sua radioatividade a consome
Como a jovialidade:
Silenciosamente, some.
Foto: Isabella Mazuchin.
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